Saturday, December 16, 2006

Não há lua no céu


1.Letárgico o rio deflui
silencioso dentro de uma noite afável,
E vagando pelo cosmo
vai tecendo estrelas-marinhas
pelas dóceis nuvens, que são também
de agua imaculada, e resguardam as profunduras
da tranquilidade, que somente os anjos desfrutam.

2.Pela janela quebrada
do meu quarto, vislumbro
o plenilúnio romper, e quedar
ensombrando a monocromática paisagem
de arvoredos tímidos, e de cores fugidas.

3.Nas calçadas frias, os dedos pedintes
dos meninos reluzem, trepidantes
remendam sonhos havidos, de um áureo
alvorecer.

3 comments:

fep said...

olá. sou o coordenador do círculo literário do algarve e estou a organizar uma antologia de poetas africanos. entre em contacto comigo neste mail: ferestevespinto@mail.pt

fernando esteves pinto

Hugo Rebelo said...

que escrita maravilhosa!!!
Vou seguir, com toda a certeza.

saudações


http:\\coresemtonsdecinza.blogspot.com

LeinecyPereiraDorneles said...

Saudades tuas meu menino-poeta.
Li vários textos do teu Blog, cada um mais bem escrito que o outro.
Este realmente me fascinou.
Parabéns! Continue com esta tua veia poética jorrando delícias para os nossos olhos, coração e alma.
Adoro você.
Beijinhos aqui da Praia do Cassino.